quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

"amor, verdadeiro amor.."


Ele: Senti sua falta hoje na escola, por que você não foi?
Ela: É, eu tive que ir ao médico.
Ele: Ah, mesmo? Por que?
Ela: Ah, nada. Consultas anuais, só isso. Então, o que tivemos em matemática hoje?
Ele: Você não perdeu nada demais. Só um monte de anotações.
Ela: Ok, que bom.
Ele: É.
Ela: Ei, tenho uma pergunta.
Ele: Então diga.
Ela: O quanto você me ama?
Ele: Você sabe que eu te amo mais do que tudo. Por que a pergunta?
Ela: (silêncio)
Ele: Tem algo errado?
Ela: Não, nada mesmo.
Ele: Ah, ok.
Ela: O quanto você se importa comigo?
Ele: Eu te daria o mundo numa batida de coração, se eu pudesse.
Ela: Daria?
Ele: É claro que eu daria. (parecendo preocupado) Tem alguma coisa errada?
Ela: Não, está tudo bem.
Ele: Tem certeza?
Ela: É.
Ele: Ok, eu espero.
Ela: Você morreria por mim?
Ele: Eu me jogaria em frente a uma bala para ela não te atingir, a qualquer dia.
Ela: Mesmo?
Ele: Mesmo. Mas agora, sério mesmo, aconteceu alguma coisa?
Ela: Não, eu estou bem. Você está bem, nós estamos bem.. está todo mundo bem.
Ela: Bom, tenho que ir. Te vejo amanhã na escola.
Ele: Tudo bem. Tchau. EU TE AMO.
Ela: Eu também te amo, tchau.

O outro dia na escola:

Ele: Ei você viu minha namorada hoje?
Amigo: Não. Ela não estava aqui ontem também não.
Ele: Eu sei, ela estava agindo de forma estranha comig no telefone ontem.
Amigo: É cara, você sabe como as garotas são de vez em quando.
Ele: É, mas ela não.

Aquela noite: (o telefone toca)


Ela: Alô?
Ele: Oi
Ela: Ah, oi.
Ele: Por que você não foi na escola hoje de novo?
Ela: Ah, eu tinha outra consulta no médio.
Ele: Você está doente?
Ela: Hm, eu tenho que ir, minha mãe está me chamando.
Ele: Eu espero.
Ela: Pode demorar, te ligo depois.
Ele: Tudo bem então, te amo (longa pausa)
Ela: (chorando) Olha, acho que devíamos terminar.
Ele: POR QUE?
Ela: Eu te amo. (ela desliga)

A garota não foi para a escola por mais de três semanas, e não atendeu aos telefonemas.

Ele: E ai, cara.
Amigo: Oi. E ai, falou com sua ex?
Ele: Não.
Amigo: Então você não soube?
Ele: Soube o que?
Amigo: Não sei se eu seria a melhor pessoa para te contar, então ligue neste telefone (passou um papelzinho para ele)

Ele liga no número depois da escola.

Voz: Alô, Suppam County Hospital, aqui é a enfermeira Beckam.
Ele: Ah, eu devo ter ligado errado, estou procurando por uma amiga.
Voz: Qual é o nome dela? (o rapaz dá as informações)
Voz: Sim, esse é o número certo. Ela é uma de nossas pacientes.
Ele: É mesmo? O que aconteceu? Ela está bem?
Voz: O quarto dela é o número 542, no prédio A, suíte 3.
Ele: O QUE ACONTECEU?
Voz: Por favor, venha aqui e veja o senhor mesmo, obrigada.
Ele: Espera! Não! (o telefone já tinha sido desligado)

O garoto foi para o hospital, a garota estava deitada na cama do quarto. Ela parecia fraca.

Ele: Meu Deus, você está bem?
Ela: (silêncio)
Ele: Amor, fala comigo!
Ela: Eu.. eu tenho câncer. Estou em suporte de vida.
Ele: (começa a chorar)
Ela: Eles vão desligar tudo hoje à noite.
Ele: Por que?!
Ela: Eu queria te contar, mas eu não podia.
Ele: Por que não?
Ela: Eu não queria te machucar.
Ele: Você nunca poderia me machucar.
Ela: Eu só queria ver se você sentia o mesmo que eu sinto por você.
Ele: ??
Ela: Eu te amo mais que qualquer coisa. Eu te daria o mundo em uma batida de coração. Eu me atiraria em frente a uma bala para te salvar. Eu morreria por você.
Ele: ...
Ela: Não fique triste, eu sempre vou te amar, estando aqui ou não.
Ele: Então por que você terminou comigo?
Enfermeira: Ei, jovem, o tempo de visita já acabou.

O garoto sai, as máquinas de suporte de vida foram desligadas. Ela morreu.
Mas o que o garoto não sabia é que a garota só fez aquelas perguntas à ele para poder ouvir ele dizer aquelas coisas uma última vez, e ela só terminou com ele porque ela só tinha mais três semanas de vida e pensou que assim causaria menos dor à ele, dando um tempo para ele esquecê-la antes dela morrer.

No próximo dia: O garoto foi encontrado morto, com uma arma em sua mão, e com um pequeno papel na outra, escrito: Eu disse à ela que levaria um tiro por ela, assim como ela disse que morreria por mim. 

                                                                                                                Autor: Jonathas Campos.

3 comentários:

Letícia Barcelos disse...

Caracaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.
Que história emocionante,romântica e dramática.
Senti meu corpo arrepiar agora.
Adorei a história, quase me fez chorar.
É um amor quase perfeito, se não fosse a doença.. mas é a vida.
Foi agora tipo Romeu e Julieta!

Beijos
http://leticiabarcelos.blogspot.com/

Elizabeth Pinheiro disse...

ai que triste :(((
amei o jeitinho como você escreve
tô te seguindo, beijos!

Pâmela Biral disse...

Simplesmente chorei, por que eu amo alguém assim tbm .. ♥

Postar um comentário